Uma em cada três pessoas hospitalizadas por síndrome respiratória aguda grave morre

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Uma em cada três pessoas hospitalizadas com SRAG (síndrome respiratória aguda grave) por Covid-19 morre, segundo dados do Ministério da Saúde. No Brasil, das 295.950 pessoas que foram hospitalizadas pela SRAG em decorrência da Covid-19, 104.065 morreram até o dia 16 de agosto. Em 72,6% dos casos, a vítima tem 60 anos ou mais, apresenta alguma comorbidade, é do sexo masculino e parda. Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, afirma que o comportamento da SRAG pela Covid-19 é diferente nas regiões do país. “Nas regiões Sul e Centro-Oeste o comportamento é o oposto do Norte e Nordeste, tínhamos poucos casos na 17ª e 18ª semanas epidemiológicas de hospitalização e óbitos, mas nas últimas semanas houve o pico nessas regiões [Sul e Centro-Oeste], o que coincide com o período sazonal”, disse. A SRAG é uma condição do paciente que pode ser causada pela Covid-19, como por outros vírus respiratórios, como o H1N1, agente infeccioso da influenza A. Bactérias e fungos também podem levar aos sintomas. A Fiocruz (Fundação Instituto Oswaldo Cruz) apontou, em março deste ano, pela primeira vez a possível relação entre as SRAG e a Covid-19, ao observar um disparo nas internações por síndrome respiratória em todo o Brasil, simultâneo à circulação mundial do novo coronavírus.. Além dos dados da SRAG, o Ministério da Saúde mostrou que a Covid-19 já atingiu 5.508 (98,9%) municípios brasileiros, sendo que 3.917 municípios (70,3% do total) já notificaram óbitos pela doença. Mas o comportamento da Covid-19 na 33ª semana epidemiológica é diferente nas regiões brasileiras. No Norte houve redução de 8% dos casos e 16% dos óbitos pelo novo coronavírus. O Nordeste também apresentou redução de 11% no número de casos e 8% no número de óbitos. Já na região Sudeste houve aumento de 7% em relação ao número de casos e estabilização no número de óbitos (-3%). Na Região Sul houve aumento de 9% em relação às mortes e estabilização no número de casos (5%). No Centro-Oeste houve estabilização (3%) tanto no número de casos quanto de óbitos.

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