SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na noite deste sábado (15) a morte de seu irmão mais novo, Robert Trump, 71. A causa não foi divulgada. “É com pesar que compartilho que meu incrível irmão Robert morreu pacificamente hoje à noite. Ele não era apenas meu irmão, era meu melhor amigo. Ele fará muita falta, mas nos encontrarenos novamente”, afirmou o líder americano, em um comunicado. “Sua memória viverá em meu coração para sempre. Robert, eu te amo. Descanse em paz.” Trump havia visitado Robert nesta sexta (14), no NewYork-Presbyterian Hospital, de acordo com o New York Times. Ele estava gravemente doente havia meses, tendo sido hospitalizado em junho, e teve uma piora recentemente. “Tenho um irmão incrível”, disse o presidente nesta sexta durante uma entrevista coletiva na Casa Branca. “Tivemos uma grande relação por muito tempo, desde o dia 1, muito tempo atrás.” Casado com a socialite nova-iorquina Blaine Trump, Robert era mais aceito nos círculos sociais do que Trump jamais foi, segundo Michael D’Antonio, biógrafo do presidente americano, falou ao New York Times. Como caçula da rígida família de Fred Trump, Robert foi protegido da pressão exercida em seus irmãos pelo pai disciplinador. Mesmo que não fosse considerado para assumir a empresa familiar, o irmão mais novo lealmente trabalhou para a companhia após o hoje presidente dos EUA assumir o comando. Robert foi vice-presidente executivo da Organização Trump e supervisionava cassinos da empresa em Atlantic City, no estado de Nova Jersey. De acordo com Gwenda Blair, também biógrafa da família, os funcionários da empresa se referiam a ele como o “Trump legal”, segundo publicou o New York Times. Mas após a briga em 1990 com seu irmão mais velho, na época da abertura do cassino Taj Mahal, ele parou de se reportar diretamente a Donald Trump. Depois do episódio, ele foi deixado de lado em suas funções na empresa. Ainda assim, Robert se manteve leal à família, atuando como um porta-voz e conselheiro não oficial. Recentemente, ele tentou impedir a publicação do livro escrito pela sobrinha de ambos, Mary Trump, alegando que a autora assinou um acordo de confidencialidade para acertar a litigiosa partilha de bens feita após a morte do patriarca, Fred Trump, em 1999. Na obra, a filha do irmão falecido em 1981, Fred Trump Jr., descreve o presidente americano imerso em traumas familiares e mentiras. O livro traz também depoimentos de parentes e documentos, como declarações de renda. Foi Robert também quem liderou a resposta da família, em 1999, no processo movido por Mary e seu irmão, Fred Trump 3º, para acertar a litigiosa partilha de bens feita após a morte do patriarca.