Operação prende 45 foragidos por violência contra mulheres no Rio

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio prendeu nesta quinta-feira (13) ao menos 45 agressores de mulheres que estavam foragidos da Justiça. Ao todo, a polícia cumpre cem mandados de prisão na operação batizada de Athena, deusa grega. Os mandados da operação são por condenações ou descumprimento de medidas protetivas. As 14 Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher participam da operação, que acontece em todo o estado do Rio de Janeiro e tem apoio das delegacias da capital, da baixada fluminense e do interior. Os mandados de prisão foram expedidos pela Justiça após inquéritos policiais concluídos pelas delegacias. Segundo a delegada Sandra Ornelas, diretora do Departamento de Polícia de Atendimento à Mulher, apesar de as delegacias de atendimento à mulher continuarem atuando no período de isolamento social, houve uma diminuição nos registros de ocorrência de até 50%. “Segundo o Monitor de Violência do Instituto de Segurança Pública, a redução do número de registros não significa que a violência contra a mulher esteja diminuindo, mas que pode haver subnotificação neste período de pandemia. Com a flexibilização do isolamento social, houve um considerável aumento no número de registros durante o último mês”, afirmou a delegada. De acordo com a delegada, apenas em 2019 as Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher indiciaram 16.703 autores de violência doméstica e familiar, além de ter solicitado 20.930 medidas protetivas de urgência: “O resultado deste trabalho são os inúmeros mandados de prisão a serem cumpridos hoje”, avaliou. Conforme a Polícia Civil, a operação desta quinta-feira é em alusão aos 14 anos da Lei Maria da Penha. A ação, porém, não inclui agressores foragidos no interior das comunidades carentes. Devido à restrição imposta pela decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), está proibida a realização de operações policiais nessas áreas do Rio durante a pandemia. As mulheres que desejem fazer denúncias contra agressores podem procurar as delegacias especializadas ou ainda recorrerem à ligação para o número 197.

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